As recentes declarações do presidente da dona da Claro Brasil, Daniel Hajj, que afirmou na última quarta-feira (12) que sua empresa está disposta a estudar ativos que a Oi (OIBR3) possa colocar a venda, principalmente, o setor de rede móvel, deixou clara a intenção da companhia e colocou a Oi em uma situação extremamente confortável.
“Estamos abertos para analisar os ativos da Oi. Isso envolve análise de dados e claro estamos interessados em checar e estar no processo de venda dos ativos. Esses ativos são os de rede móvel ou os assinantes da rede móvel”, afirmou Hajj durante uma teleconferência com analistas.

Após a declaração, as ações da Oi fecharam o pregão cotadas a R$ 1, com variação positiva de R$ 6,38.
O atual presidente da Oi, Rodrigo Abreu, tem como meta continuar com a venda de ativos considerados não-estratégicos e investir na ampliação de fibra óptica no Brasil, que hoje conta com 370 mil quilômetros de rede. Apesar de fontes, confirmarem que a empresa não descarta vender sua operação de telefonia móvel, avaliada em cerca de R$ 20 bilhões, Abreu sempre deixou claro que para ele essa não é uma questão tão prioritária.

Financeiramente a Oi passa por uma situação confortável após vender recentemente sua operação em Angola por US$ 1 bilhão e ganhar um reforço de R$ 2,5 bilhões devido a um processo de capitalização.
A estratégia da companhia é aproveitar os R$ 6,5 bilhões a mais em seu caixa para “mostrar que a empresa está com crédito e que consegue atrair novos investidores nesse momento”.
O principal objetivo da Oi é investir fortemente na ampliação de rede de fibra no país. Por isso, grande parte dos R$ 7 bilhões em investimento previsto para esse ano está dedicado à ampliação da rede, conectando casas com internet de alta velocidade. A companhia também quer ampliar sua atuação no mercado de atacado, cuja meta, destacou essa outra fonte, é quase que dobrar as receitas na área até 2024.